Os forasteiros e seus Caminhos ao Descobrimento de Bom Jesus dos Perdões
A localidade servia nos primórdios de passagem para tropeiros “Rota das Bandeiras” rumo as Minas Gerais; o local era conhecido pelos nativos como AJURITIBA que em Tupi-Guarani significa: Ajuri = refúgio das aves e Tiba= colina.
No final do século XVII, os colonizadores, aqui desembarcaram com suas famílias e comitivas e administraram um quinhão de terra, fazendo parte das capitanias hereditárias.
A família de Matias Lopes de Lima, natural da Ilha Terceira, Açores-Portugal, tornando-se donatário das terras ( repassadas posteriormente para sua filha Bárbara Cardoso, viúva de Domingos Lopez de Lima, sendo ela uma grande devota do Senhor Bom Jesus), decide construir uma Capela em homenagem a sua devoção.
Posteriormente, a Capela foi denominada de Bom Jesus do Perdão e atualmente é Santuário do Senhor Bom Jesus dos Perdões.
A Capela foi construída de taipa, por escravos e demais pessoas, que trabalharam com abnegação e persistência para sua construção, por cerca de 170 anos.
Ao longo dos anos foi sofrendo modificações/ampliações, foi totalmente revestida de tijolos, ganhou as torres, sinos e relógio, tornando-se o belo Santuário de hoje.
Bárbara Cardoso é reconhecida como fundadora do atual município de Bom Jesus dos Perdões.
Após cerca de 150 anos de administração da geração dos familiares da fundadora, foi instituída em ata no dia 06/08/1869 a Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Perdões, que passou a administrar o patrimônio deixado para o “Bom Jesus dos Perdões”.
Tendo continuado o legado, a localidade foi elevada à categoria de freguesia pelo decreto-85 em 23 de abril de 1873, tornando-se paróquia/freguesia.
No interior da capela, as ricas obras de entalhe, a pintura e a ornamentação dos altares começaram em 1869, terminando em 1904, comemorada com uma grande festa junto com o bicentenário de fundação da cidade em 22 de maio de 1905.
Foi elevada à categoria de Santuário Arquiepiscopal do Senhor Bom Jesus dos Perdões em 11 de janeiro de 1913, título esse dado pelo arcebispo de São Paulo o Exmo. revmº. Dom Duarte Leopoldo e Silva, o qual convidou a Congregação Redentorista (Alemanha) e o local passou a ser administrado pelos padres Redentoristas.
No inicio de agosto de 1930, chegam de Castela – Espanha a Ordem Santo Agostinho-Padres Agostinianos, que administram a localidade até o final da década de 1950.
Daí em 18/02/1959, com sua emancipação política administrativa, tornou-se oficialmente um novo município do Estado do São Paulo, através da lei 5.285, com uma área de aproximadamente 120 km², tendo como limítrofes as cidades de: Piracaia (N), Mairiporã (S), Atibaia (W) e Nazaré Paulista (L).
Atualmente, a localidade é reconhecida como Circuito Turístico e Religioso do Entre Serras e Águas.
Cognominada de “Cidade Santuário Ecológico e Religioso”.
Fonte: Dados e relatos históricos adaptados por Paulo A. Ramos/2011.
No site da PM local.
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