domingo, 27 de dezembro de 2015

CIDADES QUE ANIVERSARIAM EM 27 DE DEZEMBRO



 
 
 
 
Espírito Santo do Pinhal: 166 anos.

Espírito Santo do Pinhal localiza-se a uma latitude 22º11'27" sul e a uma longitude 46º44'27" oeste, estando a uma altitude de 870 metros.
Sua população está estimada em 50 mil habitantes.
Foi fundada em 1849 por Romualdo de Souza Brito, natural de Santa Cruz das Palmeiras, após disputas por terras com tiroteios e ameaças entre os envolvidos.
As terras dessa cidade pertenciam à Fazenda do Pinhal, antiga sesmaria, toda ela dominada por araucárias, muitas nascentes e florestas exuberantes. 
Fernão: 20 anos de vida independente.

Em 1898, Eduardo de Souza Porto, engenheiro e explorador, plantou a primeira lavoura de café nas terras que comprara três anos antes nos chamados "sertões desconhecidos", no centro-oeste de São Paulo.
Durante anos sua fazenda Santana, localizada nas margens do ribeirão hoje batizado com seu nome, era a última referência de ocupação no mapa do Estado, ponto de passagem obrigatório dos viajantes que se dirigiam à região da Alta Sorocabana, vindos da região da Estrada de Ferro Noroeste.
Sempre empenhado em abrir estradas para facilitar a comunicação na região, no início da década de 20, o coronel Souza Porto fez também gestões para que o leito da ferrovia da Companhia Paulista de Estradas de Ferro passasse pelas terras de seu genro, vizinhas às suas.
Na mesma época, foi constituído no local o patrimônio de Nossa Senhora Aparecida das Antas.
Em 15 de dezembro de 1928, foi criado o distrito de Fernão Dias, com sede no povoado do mesmo nome, município de Gália. Nesse mesmo ano, inaugurou-se a estação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Essa denominação, homenagem ao bandeirante Fernão Dias Paes Leme, foi a mesma escolhida pela Companhia Paulista para a estação.
Nessa linha, a partir de Piratininga, as estações foram nomeadas pela Companhia em ordem alfabética: Fernão Dias é precedida da estação Esmeralda e sucedida pela de Gália.
Em 30 de novembro de 1944, o nome foi abreviado para Fernão e o distrito, elevado a município em 27 de dezembro de 1995.


Gavião Peixoto: 20 anos de independência.

Gavião Peixoto tem origem no início do século. O governador do Estado implantou uma política de interiorização habitacional e foi criado o projeto de Nova Europa, Nova Pauliceia e Gavião Peixoto. 
O decreto de criação da cidade foi assinado em 12 de janeiro de 1907. 
As terras pertenciam à Sesmaria de Cambuhy, cujo proprietário era o Conselheiro Bernardo Avelino Gavião Peixoto. Em sua homenagem, o núcleo formado às margens do Rio Jacaré-Guaçu, recebeu seu nome. Depois veio a ferrovia, por meio da estrada de ferro Douradense, útil para o escoamento da produção e para o transporte de pessoas e cargas. 
A usina hidrelétrica, construída pela Companhia de Força e Luz de Jaú, começou a ser formada em 1908.
Os operários ficavam alojados no local onde é hoje a praça da cidade. Com a usina, interesses econômicos trouxeram novos habitantes para Gavião Peixoto. Hoje, pertencendo a CPFL, a usina ainda fornece energia, por meio de seus geradores originais importados da Inglaterra. 
Muitos russos vieram para a cidade na época da Revolução Russa. Com a febre amarela, essa colônia russa foi praticamente dizimada. Hoje, resta apenas um cemitério no bairro rural de Nova Pauliceia. 
A ferrovia foi desativada em 1969 e a cidade só volta a ter acesso fácil às cidades da região por meio das rodovias (SP-331 e Rodovia Nelson Barbieri, que liga Gavião Peixoto a Araraquara. 
O fim da estrada de ferro provocou um declínio na economia do local, agravado com a quebra na lavoura do algodão. 
O município foi escolhido para ser sede da segunda fábrica da Embraer.



Salto Grande: 104 anos.

Por volta de 1843 a região era habitada por índios Caiuás e Guaranis, confiados à catequese do frade Pacífico de Monte Falco, trazido da Itália pelo Barão de Antonina, possuidor de extensas sesmarias no norte do Paraná e sul de São Paulo. 
José Teodoro de Souza, que anos antes se interessara pelas terras, registrou em 1856 uma posse que principiava na cachoeira do Salto Grande, no rio Paranapanema, e ia até a embocadura do rio Tibagi.
Em seguida, promoveu o povoamento do local com brancos e índios catequizados, para trabalhos de lavoura. 
Assim nasceu a povoação de Salto Grande do Paranapanema, sobre uma pequena coluna às margens dos rios Paranapanema e Novo.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tapiratiba: 87 anos.

Segundo vários moradores do município, aqui chegaram, procedentes da freguesia de Caconde neste Estado, Domiciano José de Souza, e família, em companhia de Vigilato José Dias. 
Domiciano José de Souza, natural de Ibiturana, no Estado de Minas Gerais, nasceu em 1870, aqui chegando durante o ano de 1842, aproximadamente, movido pela cobiça de ouro. Reuniu logo seus escravos, tratando imediatamente da exploração das terras, e mesmo de seu desbravamento. 
Demonstrando possuir conhecimento e invulgar inteligência, projeta-se Domiciano José de Souza no cenário político da Freguesia de Caconde, onde foi eleito por várias vezes Juiz Municipal, sendo também agraciado, com todos os méritos, pelo Presidente da Província, com a patente de Capitão das Ordenanças do Termo de Vila de Mogi-Mirim da Freguesia de Caconde.
Domiciano José de Souza não parava, e seus ideais de desbravador aumentavam dia a dia, até que, delineando o futuro promissor da cultura do café, em companhia de Vigilato José Dias, embrenha-se sertão a dentro. 
Deparando então com terras promissoras, neste município, fundou as Fazendas Soledade e Bica de Pedra. 
Com o falecimento dos dois desbravadores, a fazenda Soledade passou ao genro de Domiciano, Thomas José Dias, enquanto que a Fazenda Bica de Pedra teve como sucessor o Capitão Indalécio.
Em 1897, Thomas José Dias, casado com Carolina de Almeida e Silva, filha de Domiciano José de Souza, doava 20 alqueires de terras da Fazenda Soledade à Paróquia Nossa Senhora da Aparecida. 
Em 1898 era então construída por Thomas José Dias e Carolina de Almeida e Silva a primeira Capela, denominada Capela Nossa Senhora Aparecida.
Na Fazenda Soledade, poucas eram as construções existentes, pois Thomas José Dias não vinha precedido de ideias progressistas. 
Já na Fazenda Bica de pedra, quando administrada por Vigilato José Dias, várias foram as construções ali realizadas, como também certos melhoramentos, como sede da Fazenda, construção das mais sólidas (até hoje existente), engenhos de serra e várias casas de colonos. 
Em 6 de dezembro de 1906, por Lei Estadual no 1028, o Distrito Policial de Soledade passou a denominar-se Tapiratiba.
Em 19 de dezembro do mesmo ano, isto é, 1906, graças à Lei Estadual no 1039, era a sede distrital elevada à categoria de Vila. 
Em 1911, na divisão administrativa do Brasil, Tapiratiba figura como pertencente ao Município de Caconde. 
Em 27 de dezembro de 1928, por força da Lei Estadual no 2329, era criado o Município de Tapiratiba, cuja instalação verificou-se em 27 de abril de 1929. 
Consta de um só distrito: a sede. Pertence à comarca de Caconde pela Lei no 1028, de 06 de dezembro de 1906. Tapiratiba, teve a sua primeira Câmara Municipal instalada em 27 de abril de 1929. 
 

Trabijú: 20 anos de vida independente.
 
A origem de Trabiju está ligada à chegada da Estrada de Ferro Douradense e os fundadores do povoado foram ferroviários liderados por Ciro de Rezende. 
Pela sua localização privilegiada, tornou-se entroncamento da Estrada de Ferro Douradense e a colônia ferroviária se expandiu, sendo elevada a distrito em 22 de junho de 1934 em terras do município de Boa Esperança do Sul.
Ao longo do tempo, a ferrovia se modernizou com o desenvolvimento da lavoura cafeeira mas mais tarde foi vendida à Companhia Paulista de Estradas de Ferro. 
Em 1966, foi decretada a extinção dos ramais deficitários e Trabiju entrou em crise, com a transferência de parte da população para outros municípios.
Os moradores que ali permaneceram conseguiram manter outras atividades não ligadas à ferrovia, mas, apenas em 27 de dezembro de 1995, obteve autonomia político-administrativa com a criação do município. 
Conta-se que Trabiju é uma corruptela da expressão trés bijou, utilizada pelos engenheiros franceses na época de implantação da ferrovia ao se referirem àquela localidade.

Fonte: IBGE

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