Em tempos idos, quando da necessidade de se conhecer e cadastrar o território nacional, o órgão governamental competente (hoje a cargo do IGC - Instituto Geográfico e Cartográfico), procede-se aos devidos levantamentos e registros. Durante essa sua missão, conhece-se também o grande Estado de São Paulo, onde, uma atenção especial, generalizamos os fatos da região noroeste do estado.
Ao pesquisar, levantar e cadastrar referida região, no tocante ao baixo-tietê, e ali que a equipe de técnicos do referido órgão, á margem esquerda do rio Tietê, registram a confluência de uma ribeirão, que ali deságua, e, ao observar a região (segundo conta os antigos) nota-se que ali prolifera abundantemente inúmeras aves, melhor dizendo, "papagaios", de uma variedade que tinha a cabeça vermelha.
Estudando-se melhor as cercanias, conhece-se uma tribo indígena que habitava a região, de nome Caingang, e segundo a língua desses índios, os referidos papagaios eram chamados de Aracanguá, registrando-se assim o ribeirão com o nome de Ribeirão de Aracanguá. Nota: Por coincidência, ainda hoje, um grande grupo de aves dessa família (maritacas/tiribas) vistam Aracanguá periodicamente, durante suas migrações, estacionando por vários dias no município e pernoitando nas árvores da praça central de Aracanguá.
Até o ano 1905 reinava nestas paisagens apenas as matas virgens, tendo como seus senhores os indígenas, e como caminho, apenas as águas do Rio Tietê, por via fluvial. Com a abertura da estrada de ferro da NOB, que ligaria Bauru a Carumbá, chegaria o primeiro elo de ligação a tão longínqua região. Por volta de 1908, começa a abertura da estrada de ferro - Ramal de Lussanvira, ou seja, era o antigo trecho na NOB entre Araçatuba e Itapura (trecho esse mais tarde, ao passar a referida estrada para os domínios da Rede Ferroviária Federal S/A, foi abandonado, pois teve seus curso desviado no rumo de Guararapes, Andradina e Três Lagoas, com é ainda hoje).
Após romper os obstáculos e os conflitos com os índios Caingangs, finalmente em 1909, o primeiro vagão da estrada de ferro atinge as margens do Rio Tietê, a poucos metros da confluência com o Ribeirão Aracanguá, e ali é fundada a Estação Ferroviária, que por sua vez, também é denominada de Estação do Aracanguá, a partir de então, essa região fica conhecida por "Aracanguá'.
E é exatamente nessa época que chegam os primeiros pioneiros da região com sua famílias, onde dedicamos atenção especial aqueles que transpuseram as águas do rio tietê e aprofundaram-se no sertão da margem direita do rio, abrindo os primeiras trilhas, mais tardes caminhos, e começaram a colonizar as terras como posseiros, onde destacamos os primeiros colonizadores, que foram: Manoel Joaquim Calácio, João Eugênio, Porfírio Venâncio Pires e Severino e Pedrinho de Souza Ferreira, mais conhecido por Ferreirinha.
Em 17 de fevereiro de 1919, o Senhor Thomas Sebastião de Mendonça, cumprindo promessa religiosa, doam uma gleba de terra de 10 alqueires ao bispado de São Carlos, para que ali fosse fundado um povoado em homenagem aos seus santos devotos, Santo Antônio e Nossa Senhora do Carmo. A área foi desmembrada da Fazenda Macaúbas conforme acordo firmado quando da compra das terras do Dr. Pedro Junqueira de Andrade.
Assim, com o acordo cumprido, consolida-se a doação iniciando o povoado com a construção da Capela em homenagem aos santos. A partir da fundação, instalam-se as primeiras famílias, efetivando o desenvolvimento da vila com a estruturação dos primeiros pontos comerciais.
Por estar situado entres exuberantes matas nativas, o promissor povoado ficou conhecido como Patrimônio da Mata. E, por ser Aracanguá a estação ferroviária mais próxima e o único elo de comunicação, inclusive por onde chegaram as primeiras imagens destes santos, este povoado foi denominado Santo Antônio do Aracanguá. A origem da palavra Aracanguá provém da língua indígena, mais precisamente dos índios Caingangs, que habitavam esta região na época, cujo significado é “Papagaio de Cabeça Vermelha”.
A 31 de dezembro de 1963 é publicado no Diário Oficial do Estado, a elevação da vila a condição de Distrito, com a transferência da sede do Distrito de Major Prado para Santo Antônio do Aracanguá, vindo juntamente, a sede do Cartório de Registro Civil.
A ascensão a município veio depois de muitas lutas.Em 19 de maio de 1991, finalmente a população de Santo Antônio do Aracanguá aprova em plebiscito, com 76% no geral e 98% na sede, a sua emancipação política. Entretanto somente a 20 de dezembro de 1991, através da Lei Estadual nº 7.664 de 30/12/91, que é oficializado a criação do município, desmembrando-se do município de Araçatuba e, abrangendo em sua área territorial os bairros rurais de Major Prado e Vicentinópolis, que hoje são Distritos de Santo Antônio do Aracanguá.
Todavia, a implantação efetiva do município só ocorreu a 01 de janeiro de 1993, com a posse do prefeito, vice- prefeito e vereadores eleitos no pleito de 03/10/92, ou seja, na primeira eleição do município.
site da PM local.
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