sábado, 15 de agosto de 2015

PARABÉNS, PARAÍSO!

 
 
 
OS CAMINHOS DA EMANCIPAÇÃO POLÍTICA
 
Durante oito anos, de 1937 a 1945, o Brasil e todo seu território viveu sobre a ditadura de Getúlio Vargas.
Era o poder discricionário. Não houve eleições a nível Federal, Estadual e Municipal.
Durante esse período, Pirangi, nossa vizinha cidade, foi à categoria de Município e Paraíso, então Distrito, ficou jurisdicionado àquele Município e à Comarca de Monte Alto.
Até o ano de 1946 o Sub-Prefeito de Paraíso era indicado pelo Prefeito nomeado de Pirangi.
Resgatado o poder político com o fim da ditadura, todo o país teve eleições livres e diretas.
Paraíso começou pela primeira vez sua militância política.
Era necessário que tão importante Distrito, pertencente ao Município de Pirangi, tivesse ali alguns representantes, para defenderem os interesses de Paraíso.
Assim foi que em 1946, Paraíso conquistou cinco cadeiras das onze disponíveis na Câmara de Pirangi.
À bancada de vereadores de Paraíso, coube a indicação do Sub-Prefeito que durante um ano o Sr. Nicolino Mascaro e substituído por Paulino Alberguini.
Em 1948, os cinco vereadores primeiramente eleitos, começaram um sério e grande movimento para se conseguir a emancipação política de Paraíso. 
Uma lei federal regulamentava as condições para que um distrito pudesse ser emancipado, como hoje ainda o temos; porém, o nosso Distrito se enquadrava nessa lei e tudo então ficaria mais fácil.
A comissão pró-emancipação de Paraíso elaborou um Memorial solicitando à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo que concedesse a nossa tão almejada política.
O memorial foi então entregue ao Deputado Pedro Faganelo, que mantinha compromissos com nossa região, onde recebera votos.
Uma audiência foi marcada com o governador Ademar de Barros. Nessa audiência o governador solicitou que a comissão passasse o memorial ao Deputado Paulo Teixeira Camargo, do PSP, partido do Sr. Governador, pois se isso não ocorresse, Paraíso poderia ficar fora do projeto original do governo que criaria vários municípios.
Soube-se assim que o então Deputado Pedro Faganelo, não estava de acordo com nossa emancipação política, pois Pirangi mais uma vez estava pressionando para que Paraíso não fosse desmembrado de seu território.
Em 1953, foi finalmente aprovado o projeto do Deputado Paulo Teixeira Camargo, que apresentado ao plenário da Assembleia Legislativa, recebeu pareceres favoráveis das comissões daquela Egrégia casa e depois de votada, a matéria foi aprovada.
Com a lei aprovada, a constituição exigia que se realizasse um plebiscito, que foi marcado.
Dentre todos os eleitores de Paraíso que votaram favoráveis à criação do Município, apenas sete votos foram contrários.
Assim mesmo uma grande vitória fora conseguida. Paraíso era mais um município do Estado de São Paulo.
A lei promulgada pelo Governador Ademar de Barros, entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 1954.
Paraíso era livre. De hora em diante, o povo escolheria seus governantes. Não mais dependeriam dos mesquinhos favores de Pirangi, não implorariam por um pouco de atenção, poderiam conseguir tudo e transformar a cidade no sonho de seus fundadores.
Era 15 de novembro de 1954. A primeira eleição de Paraíso estava acontecendo, os sonhos se transformaram em realidade.
 
site da PM local

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