O Povoamento
Prosseguindo a viagem de volta a Jaú, relata o Capitão José Ribeiro de Camargo ao Tenente Lourenço de Almeida Prado sobre povoamento da região do Jahu.
O primeiro morador da região do Jahu foi Antonio Dutra, fugitivo da justiça de Araraquara, que para não ser preso afunda o sertão, vindo a descobrir o rio Jahu, onde apossa-se de enorme gleba de terras à margem direita do referido rio. Referida gleba tinha início na barra do ribeirão João da Velha com rio Jahu, subindo pelo ribeirão até as suas cabeceiras, atingindo em seguida o espigão, daí tomava o rumo norte, abrangendo as cabeceiras dos seguintes ribeirões: Mandaguari, Pouso Alegre e Onça: tomando à esquerda, segue pelo espigão divisor das águas do Onça e do Prata, até encontrar o rio Jahu e subindo pelo veio d'água do rio Jahu, até a barra do ribeirão João da Velha, onde teve começo; a sua morada ficava nas cabeceiras do ribeirão da Onça. Sempre que interpelado sobre suas divisas Antonio Dutra respondia que começavam em certo lugar, seguiam tais e tais espigões ou águas e terminavam na boca de sua espingarda. Antonio Dutra teve o fim que mereceu, ao dar uma festa de despedida em sua casa na cidade de Araraquara, pois ia mudar-se com a família para Jahu. Na madrugada ao cair bêbado, foi assassinado a machadada por sua mulher e amigos. Seus filhos venderam a posse em duas glebas: a do Pouso Alegre, a Francisco Gomes Botão e a do João da Velha, a Joaquim de Oliveira Matosinho.
Em 1.837 começaram a chegar outros povoadores, e em 1.842, com a fracassada revolução liberalista, o fluxo de povoadores aumenta, são os perseguidos políticos que estavam a favor da revolução.
Já em fins de 1.845, a região do Jahu, freguesia de Nossa Senhora das Brotas, já estava bem povoada, pois nela residiam muitos agricultores.
Prosseguindo a viagem de volta a Jaú, relata o Capitão José Ribeiro de Camargo ao Tenente Lourenço de Almeida Prado sobre povoamento da região do Jahu.
O primeiro morador da região do Jahu foi Antonio Dutra, fugitivo da justiça de Araraquara, que para não ser preso afunda o sertão, vindo a descobrir o rio Jahu, onde apossa-se de enorme gleba de terras à margem direita do referido rio. Referida gleba tinha início na barra do ribeirão João da Velha com rio Jahu, subindo pelo ribeirão até as suas cabeceiras, atingindo em seguida o espigão, daí tomava o rumo norte, abrangendo as cabeceiras dos seguintes ribeirões: Mandaguari, Pouso Alegre e Onça: tomando à esquerda, segue pelo espigão divisor das águas do Onça e do Prata, até encontrar o rio Jahu e subindo pelo veio d'água do rio Jahu, até a barra do ribeirão João da Velha, onde teve começo; a sua morada ficava nas cabeceiras do ribeirão da Onça. Sempre que interpelado sobre suas divisas Antonio Dutra respondia que começavam em certo lugar, seguiam tais e tais espigões ou águas e terminavam na boca de sua espingarda. Antonio Dutra teve o fim que mereceu, ao dar uma festa de despedida em sua casa na cidade de Araraquara, pois ia mudar-se com a família para Jahu. Na madrugada ao cair bêbado, foi assassinado a machadada por sua mulher e amigos. Seus filhos venderam a posse em duas glebas: a do Pouso Alegre, a Francisco Gomes Botão e a do João da Velha, a Joaquim de Oliveira Matosinho.
Em 1.837 começaram a chegar outros povoadores, e em 1.842, com a fracassada revolução liberalista, o fluxo de povoadores aumenta, são os perseguidos políticos que estavam a favor da revolução.
Já em fins de 1.845, a região do Jahu, freguesia de Nossa Senhora das Brotas, já estava bem povoada, pois nela residiam muitos agricultores.
A Lenda
O nome Jaú vem do tempo das monções e tem ampla significação na língua Tupi-Guarani-Kaingangue. Ya-hu quer dizer peixe guloso, comedor, um grande bagre comedor... Mas também pode significar "o corpo do filho rebelde" segundo conta a lenda do peixe Jaú.
Ya-hu era um jovem guerreiro Kaingangue que não aceitou uma troca de cunhas entre seu pai e o chefe da tribo dos Coroados, a qual selava um acordo de paz.
Por causa de uma das moças, talvez a amada, o Ya-hu revoltou-se contra o pai e reagiu. Perseguiu os Coroados até próximo a Serra de São Paulo, onde encurralou e fez guerra, causando muitas mortes. Porém, bastante ferido, o jovem guerreiro volta para casa, mas desta vez foi seguido pelos Coroados.
Durante a caminhada acabou atingido duas vezes. Por fim, cercado pelo inimigo, e vendo que não tinha mais espaço para fuga, para que seu corpo não fosse comido e para que sua cabeça não fosse cortada e erguida como troféu, o jovem guerreiro Kaingangue preferiu afogar-se num ribeirão, de onde ressurgiu mais tarde, transformado em peixe.
Esse nome, dado pelo chefe Kaigangue e que mais tarde passou ao rio e ao Município, significa o corpo do filho rebelde, justamente porque o referido peixe mostrava no dorso uma mancha irregular na cor vermelha, iguais as que usava o jovem guerreiro, que jamais voltou de sua guerra contra os Coroados.
Prefeitura Municipal de Jahu - Rua Paissandu, 444 - Centro - CEP: 17201-900 - Telefone: (14) 3602-1777
O nome Jaú vem do tempo das monções e tem ampla significação na língua Tupi-Guarani-Kaingangue. Ya-hu quer dizer peixe guloso, comedor, um grande bagre comedor... Mas também pode significar "o corpo do filho rebelde" segundo conta a lenda do peixe Jaú.
Ya-hu era um jovem guerreiro Kaingangue que não aceitou uma troca de cunhas entre seu pai e o chefe da tribo dos Coroados, a qual selava um acordo de paz.
Por causa de uma das moças, talvez a amada, o Ya-hu revoltou-se contra o pai e reagiu. Perseguiu os Coroados até próximo a Serra de São Paulo, onde encurralou e fez guerra, causando muitas mortes. Porém, bastante ferido, o jovem guerreiro volta para casa, mas desta vez foi seguido pelos Coroados.
Durante a caminhada acabou atingido duas vezes. Por fim, cercado pelo inimigo, e vendo que não tinha mais espaço para fuga, para que seu corpo não fosse comido e para que sua cabeça não fosse cortada e erguida como troféu, o jovem guerreiro Kaingangue preferiu afogar-se num ribeirão, de onde ressurgiu mais tarde, transformado em peixe.
Esse nome, dado pelo chefe Kaigangue e que mais tarde passou ao rio e ao Município, significa o corpo do filho rebelde, justamente porque o referido peixe mostrava no dorso uma mancha irregular na cor vermelha, iguais as que usava o jovem guerreiro, que jamais voltou de sua guerra contra os Coroados.
Prefeitura Municipal de Jahu - Rua Paissandu, 444 - Centro - CEP: 17201-900 - Telefone: (14) 3602-1777
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