sábado, 5 de dezembro de 2015

HILDA HILST, A GRANDE FILHA DE JAÚ

Escritora, dramaturga e poetisa brasileira, HILDA HILST nasceu em Jaú, no lar do fazendeiro e poeta Apolônio de Almeida Prado Hilst e Bedecilda Vaz Cardoso.
Quando o casal separou-se, ela foi embora com a mãe para a cidade de Santos.
De 1937 a 1945 foi educada em colégio interno em São Paulo. Só no ano seguinte é que visitou o pai em sua fazenda em Jaú.
Cursou a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, formando-se em 1952.
O primeiro livro "Presságio" foi publicado em 1950; no ano seguinte, "Balada de Alzira"; no final de 1959, "Roteiro do Silêncio" e Trovas de Muito Amor para um Amado Senhor", poesias.
Seus poemas serviram de inspiração para compositores como Adoniran Barbosa, que musicou "Quando te achei" e "Quando tu passas por mim".
Em 1966, foi viver na fazenda da família com o escultor Dante Casarini com quem casou-se dois anos depois. Em 1967 escreveu "A possessa e O rato no muro". Depois, vieram "O verdugo e A morte do patriarca" (1969), "Fluxo-Floema" (1970), "Ficções" (1977), "A obscena senhora D" (1982), "Cantares de perda e predileção" (1983), "Poemas malditos, gozosos e devotos" (1984), "O caderno rosa de Lori Lamby" (1990), que causou espanto na crítica por seu teor pornográfico, "Do desejo" (1992), e "Teatro reunido" (2000) entre outras dezenas de livros.
Na foto acima, Hilda Hilst, de Pierrô, na companhia de Dener.
Depois de mais de um mês de internamento no Hospital das Clínicas da Unicamp para a realização de uma cirurgia, após sofrer uma queda que causou uma fratura no fêmur, teve seu quadro clínico pós-operatório agravado em função de uma deficiência crônica cardíaca e pulmonar e morreu em Campinas, aos 73 anos e 10 meses de idade, de falência múltipla de órgãos e sistemas.
Foi sepultada no Cemitério Aleias, em frente à capela.
Recebeu importantes prêmios literários, como o de melhor livro do ano, concedido pela Associação Paulista dos Críticos de Arte - APCA, por Ficções (1977), o Prêmio PEN Clube de São Paulo (1962), por Sete cantos do poeta para o anjo (1962), o prêmio Anchieta (1969) pela peça O Verdugo, um dos mais importantes do país na época, dois Jabutis (1984 / 1993) por Cantares de perda e predileção (1983) e pelo conto Rútilo nada (1993), além do Moinho Santista na categoria poesia (2002).

Fonte: Migalhas 
Fotos: Templo Cultural Delfos

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