domingo, 23 de novembro de 2014

CASA BRANCA TAMBÉM FESTEJA NOSSA SENHORA DO DESTERRO

Santuário de Nossa Senhora do Desterro, em Casa Branca, teve origem numa pequena capela construída por João Gonçalves dos Santos, em 1852, e reconstruída por diversas vezes.

“Final do ano de l869. 
Na penumbra do cerrado existente na colina, no silêncio, o vulto de um homem, aparentando seus cinquenta anos, quedo em oração, busca consolo para a angústia de sua alma. 
Esse homem – Coronel João Gonçalves dos Santos – atribulado pelas provações, lembra-se que só em Deus encontraria paz e resignação para os seus sofrimentos. 
Como homem de fé, ele tem em seu pensamento o mistério da fuga da Sagrada Família para o Egito. Imagina, com os olhos da fé, as angústias da aflita Mãe e seu doloroso exílio. 
Inspirado na piedade e na confiança de Maria, exclama: - “Queridíssima e aflita Mãe! É do vosso agrado que eu levante aqui, neste ermo, uma Capela em sua honra? Livrai-me, pois, dos grandes males que me afligem”…
O Coronel é atendido em sua súplica, obtendo a graça. Reconfortado, inundado de paz e alegria, cumpre, imediatamente, a sua promessa. 
E assim, a pequena capela, simples e modesta, sob a invocação de Nossa Senhora do Desterro é erguida, como testemunho de sua devoção, de gratidão e de amor à Mãe de Deus.”
Ele cumpriu a promessa feita, erigindo uma humilde capelinha no lugar denominado Alto da Boa Vista, local inserido na antiga Fazenda Casa Branca. 
O Coronel João Gonçalves faleceu em 17 de setembro de 1926 e foi sepultado na capela.


Conta a história, e principalmente os descendentes do Coronel, que a imagem que repousa no altar da Capela veio de Portugal. 


Dia a dia aumentavam as pessoas que procuravam a Virgem Santa, para um pedido ou para uma oração. 
Diante disso, em 27 de abril de 1890, o Cônego Miguel Martins da Silva, vigário da paróquia, celebrou ali a primeira missa. Mas o fluxo popular continuava a crescer com o correr do tempo e a capelinha tornara-se pequena, e ainda mais, quase em ruínas, ameaçando desabar. 
Sob a orientação do Cônego Oscar Sampaio Peixoto – pároco de Casa Branca – no ano de 1931, ela foi reformada e ampliada. Ainda assim não foi suficiente. 
Em 1936, quando a paróquia passou para as mãos dos Padres Estigmatinos, o Padre Luís Maria Fernandes resolveu demolir a antiga igreja e construir uma outra, bem maior e que poderia atender ao grande movimento de romeiros e fiéis, sofrendo algumas alterações, principalmente na fachada. 
E até hoje, ela está servindo a todos, propagando a devoção à querida Mãe – Senhora do Desterro.


Procissão para Capela do Desterro, onde depois da missa começava a Festa do Desterro.


O Santuário, dedicado a Nossa Senhora do Desterro, construção de 1936, tornou-se um verdadeiro oásis espiritual, recebendo peregrinos de diversos pontos do Estado, principalmente no mês de Agosto, quando, há mais de 80 anos, ocorre a tradicional Festa do Desterro. 
É um dos maiores orgulhos de Casa Branca. 
Possui amplo centro pastoral, salões para festas e confraternizações, livraria católica e sala de milagres, destinadas às mais diversas atividades, formam um conjunto harmonioso que enobrece o Bairro do Desterro, onde está localizado.


Fonte: Velhos Tempos Belos Dias.

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