quarta-feira, 19 de novembro de 2014

FELIZ ANIVERSÁRIO, ITAOCA!

Vizinha do município de Apiaí, a pequena Itaóca viveu dias de horror quando foi inundada pelas águas do Rio Palmital.
Veja a história contada por quem esteve lá:
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Os 3.332 habitantes da pequena cidade de Itaóca (SP), 347 km de SP, no Vale do Ribeira viveram na noite da última segunda-feira o pior pesadelo desde a fundação da cidade, em dezembro de 1991. 
A cheia abrupta do rio Palmital arrastou casas e espalhou troncos, pedras e lama, algumas com 15 m de altura em uma extensão de 10 quilômetros, atingindo o centro do município e os bairros de Guarda Mão e Lageado. 
Até a noite desta quinta-feira -16.01- ,  17 pessoas perderam a vida.
Diante do caos que se instalou no município, o pequeno cartório da cidade, administrado pelo Oficial Gustavo Henrique Mattos Voltolini não passou ileso. A água torrencial inundou a unidade, destruiu todo o mobiliário, arquivos e equipamentos, além de encher de lama os 57 livros da serventia (33 de Registro Civil e 24 de Notas).
Alertada pelo escrevente da unidade, Carlos Roberto de Oliveira Lima, a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen-SP) esteve na cidade nesta terça-feira (15.01) recolhendo todos os livros da unidade, prestando auxílio ao Oficial no processo necessário para lidar com catástrofes e instalando um posto provisório da unidade no centro social da cidade, para que se possa atender as demandas urgentes da população. 
Livros, selos, folhas de certidão, material de escritório, computador e impressora já se encontram em pleno funcionamento e o cartório, dois dias após a enchente, a unidade já presta os serviços essenciais aos cidadãos. “Agradeço muito o apoio da Arpen-SP neste momento de caos que a cidade está vivendo”, disse Voltolini. “Nunca tinha visto tanta água em tão pouco tempo. Não deu para salvar quase nada, pois estávamos em casa quando veio tudo de uma vez, água, lama e troncos”, disse Lima.
Depois de vivenciar em 2010 uma enchente que devastou a cidade de São Luiz do Paraitinga, onde exercia a titularidade, a agora Oficiala de Itapeva, Lara Lemucchi Cruz Moreira não titubeou em levar seus dois escreventes (Leandro e Rosicléia) para auxiliar o colega na recuperação do acervo de Itaóca. “Quando vivemos uma situação como esta na pele, não dá para permanecer indiferente ao sofrimento de um colega”, disse Lara, que enviará todos os modelos de restauração de registros civis ao Oficial de Itaóca.
Quem também se sensibilizou com a situação foi a primeira dama do município, Elza Cristina Santos Camargo, que cedeu sua sala no centro social da cidade para a instalação do cartório. “Precisamos fazer tudo o que está ao nosso alcance para auxiliar a população, que precisará dos seus documentos para poder reconstruir suas vidas”, disse.
"A cada ponte que as pedras e as árvores encontravam, a água era represada. Quando a ponte ruía, a água seguia em direção à cidade com mais força", disse o coronel Marco Aurélio Alves Pinto, coordenador do órgão. Segundo o prefeito de Itaoca, Rafael Rodrigues Camargo, uma das principais preocupações é a falta de água e luz em bairros isolados. "Além disso, precisamos abrigar e alimentar os desalojados". O governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi na noite de segunda à região e permaneceu ontem ali. "O objetivo agora é salvar vidas." 
A prefeitura de Itaóca estima mais de cem casas atingidas e pelo menos 19 destruídas. Cerca de 330 pessoas estão desalojadas --21 delas abrigadas em uma escola municipal".
Fonte : Assessoria de Imprensa da Arpen/sp
Data Publicação : 16/01/2014

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