sábado, 29 de novembro de 2014

MIRANTE DO PARANAPANEMA, PARABÉNS!



POEMA: 
O progresso de Mirante do Paranapanema-SP
(escrito em 10/07/1953)

Senhores peço licença Para pensar um instante E descrever uma história Que é muito interessante A bem do Patrimônio Denominado Mirante. Vou seguir neste instante O caminho que me convém Vou dizer a verdade Não falo mal de ninguém Apenas vou descrever Os progressos que nele tem Eu acho que me convém Seguir por aqui, leitor Dar primeiro um elogio Aquele nobre senhor Que é Iraku Okubo Por ser seu fundador Temos mais outros senhores Que adiante vou falar Primeiras benfeitorias Que temos neste lugar Como máquina de algodão Para beneficiar Temos um grupo Escolar Com diversos Professores Uma boa serraria Com diversos serradores E uma agencia de correio Para servir os senhores Temos máquinas de arroz Para toda população Temos duas olarias Tijolos de prontidão E um campo bem decente Para baixar avião Temos também a Matriz Para quem quiser rezar Um campo de futebol Para quem quiser jogar E uma agência de banco Para dinheiro guardar Temos também dois hotéis Todos são especial Para atender viajantes Que percorre no litoral Um é o Real Hotel Outro o Hotel Comercial Ainda neste lugar Pensão temos bastante Inclusive estas todas Temos a Pensão Mirante E em falta de conforto Temos Restaurante Casas comerciais Só na rua principal Que é na Rua Iraku Okubo Quem quiser pode olhar Eu contei 57 E garanto não faltar Duas bombas de gasolina Para maior satisfação Para quaisquer veículos Como seja caminhão Brevemente vamos ter Trem elétrico e Estação Tem a sapataria E selaria São Caetano Com diversos operários Que trabalha no seu plano Vende por preços barato Não trás ninguém no engano Sapataria São Caetano Só fabrica com estilo Seus serviços garantidos Não tem isto nem aquilo Alem de vender barato Ainda entrega a domicilio Temos o Armazém São Jorge Assim eu ouço falar É do Sr. Pedro Turco E quem quiser pode ir lá Quem na casa deste homem Compra até sem pagar Falando assim em São Jorge Eu sei que não se engana Se quiser andar descente Vá sem bater a pestana Indo com os olhos fechados Encontrar a casa indiana Deixando a casa indiana Que é de boa pessoa Vá à casa do baiano Que também não é atoa Lá façam usas compras E tome uma pinga boa Sr. Miguel é dono Desta casa popular E em secos e molhados Está em primeiro lugar Ele vende tão barato Que dá pra desconfiar A selaria Cruzeiro Eu também vou falar nela Vender barato assim Nunca vi que nem aquela Vocês chegando sem nada Sae montando na sela A farmácia São Benedito Atende o trabalhador Se você estiver doente Veja bem caro leitor Chegando lá em suas portas Já a doença sarou Farmácia Hida está ali Bem defronte ao doutor Se acaso está doente Ou então se machucar Procure o Sr. Guedes Que é o seu salvador No bar de Antônio Leandro É quem eu vou chegar agora O povo jogando snocker Fica até fora de hora O homem é bom de mais Que ninguém quer ir embora Deixamos Antônio Leandro Com seu bar bem montado Vamos encontrar Sauro Que mora bem do encostado Com suas portas abertas A bem dos necessitados Casa São Bento é do lado Com sua boa estalagem Roupas feitas e armarinhos Com grande camaradagem E em secos e molhados Comprando lá é vantagem Até logo casa São Bento Dê-me um aperto de mão Vou falar com a Luzitana Que tem bom coração Para atender os fregueses Está à disposição Quer comprar barato irmão Venha correndo ligeiro Que na casa Luzitana Têm tecidos verdadeiros Vocês comprando lá Economiza dinheiro Lá está o bazar São Pedro Ao lado da Luzitana Vendendo tudo o que tem Ao preço de banana Quem compra neste bazar Eu sei que não se engana Do bazar São Pedro, vejo Com grande satisfação A casa São José O homem está com ação Pois ele já deu a louca Fazendo liquidação Vou atravessar ligeiro Por causa dos caminhões Chegar em Pedro Machado Que é um bom cidadão Sua casa é das maiores Aqui no alto sertão Domingos Machado então Esse nem quero falar Pois em secos e molhados Não a que possa igualar Tem bomba de gasolina E alem disto é popular Visitem sempre os machados Nem que as causas se danem Depois saia direito E peço que não se enganem Vá a casa São Francisco Compre chapéu Ramenzom O Guerino é na esquina Queria também visitar Sua casa tem de tudo Quando você procurar Sempre vendendo barato Com seu preço popular Do outro lado Ademar Com sua simpatia Com seus precinhos baratos Atendendo à freguesia E na casa Santa Rita Que você tem garantia Aqui eu paro um pouquinho Para voltar um instante Depois eu torno voltar Para ir mais adiante Por que na minha passagem Não vi o Cine Mirante Cine Mirante senhores E para a gente divertir E dos irmãos Chaves Isto eu posso garantir O Zizo é o seu gerente Que fala para nós ouvir Três oficinas mecânicas Que temos aqui em Mirante E um Posto de Saúde Que isto é muito importante E uma igreja Batista Para os seus visitantes Açougue nós temos seis Veja bem caro leitor Se errei não tenho culpa Onofre foi quem falou Para breve vamos ter Um moderno matador Manoel Pereira Paulo Com um secos e molhados Lá na rua popular Está sempre preparado Ferragens, louças e bebidas Tem tudo de seu agrado Vocês conhecem o Cardoso Eta caboclo danado Que trabalha onze anos No sertão deste Estado Como corretor de terras E ele o mais afamado Se você quer comprar terra Vou avisar ao leitor Não vá atrás de alguém Que é explorador Procure Antonio Cardoso Que é o melhor corretor É sobre alfaiataria Que eu vou falar agora Tem aqui a São Luiz Que é boa e não explora E atende aos fregueses Inda sendo fora de hora Alfaiataria São Luiz Aquilo sim é que é feitio Os seus oficiais Todos trabalham direito Quando pegam na tesoura Já seu terno está feito Depieri também disse Eu cá não fico no canto Com minha tesoura mágica Daqui eu não me levanto Na hora que o freguês chegar Diz ele o terno eu garanto O Freitas já no seu canto Atende a freguesia Com seus oficiais Trabalhando noite e dia Dizendo eu faço o terno Ainda do a garantia Faça seu terno com o Freitas Que ele é bom camarada Depois compre uma gravata Dessas bonitas, listrada Vá ao bar de Pedro Passos Tome cerveja gelada Vá no bar de Pedro Passos Sente-se para descansar Peça cerveja gelada E veja seu paladar Pode ficar a vontade Olhando os outro jogar Descanse um pouco e siga E nem é bom se atulerá Ao lado de Santa Rita Lá está a primavera Com seus sapatos baratos Geraldo lhe da espera Comprando na primavera Você já pode voltar Olhando sempre a frente Sem ninguém a perguntar Ali ao seu dispor Osvaldo e Valdemar Comprando no Valdemar Você não compra miséria Volte a rua Campos Sales João Inácio lhe espera No armarinho popular Todo é barato deverá Chegando lá é atendido Com ele não tem arraso Vende barato mais Vende a dinheiro e a prazo Eu penso que João Inácio É sócio de matarazo A sapataria esportiva Está lá de prontidão Fabricando os seus sapatos Com maior precaução Alem de servir a gosto A toda população E na Rua popular A Sapataria Esportiva Que fábrica os seus sapatos E ninguém perde de vista Por fazer com perfeição É que o povo conquista Encomende os seus sapatos Do jeito que agradar Põe logo ele nos pés Do jeito que precisar E diga para o amigo Cerveja eu pago em Mozar Quando acabar de pagar Diga para os seus amigos Aqui diversos artigos Vá no Bazar São Paulo Porque lá não há perigo Visite o Bazar São Paulo Compre lá do que dê E na Rua Popular Em preço que tu quiser Vendendo barato assim Nele é que eu tenho dever Barbearia São José Aquele sim ligeiro Você chegando na porta Ele diz cavalheiro Si quiser fazer a barba Não precisa de dinheiro Você senta na cadeira Ele chega lhe endireita Enquanto você cochila Aquela hora aproveita Quando você não espera Diz ele a barba esta feita Casa Cedro é ao lado Compre o que for preciso Vendendo barato assim Não precisa de aviso Eu penso que o Nicolau Está perdendo o juízo Você pegue e vá embora Não precisa pensar nada A Farmácia Aparecida Espera sua chegada Enfrente a Pensão Mirante O endereço é sem errada Compre o remédio que quer Ao preço de Drogaria Vá ao Antônio Xavier Que lá você aprecia Além de vender barato Tem a melhor Padaria Lá compre pão e bolacha Que é sua obrigação Volte a Rua Campos Sales Que tem a garagem tua Pegue uma bicicleta Vá dar umas voltas na rua Volte entregue a bicicleta Pague a José Xavier Volte à Rua Irako Okubo Dê a cousa no que der Visite os Irmãos Sakata Compre lá o que quiser Comprando em irmãos Sakata Economiza dinheiro Moveis de todos os tipos Tem para o cavalheiro Vá no Jorge Japonês Veja quanto é barateiro O Jorge e barateiro Vou avisar ao leitor Seus artigos vêm da fábrica Direto ao consumidor É número cinqüenta e um A casa deste senhor No número cinqüenta e um Todos os artigos lhe agradam Depois passe lá no Jaime Que ele é bom camarada Compre um presente bom E ele pra sua namorada Cuidado com o presente Que você leva pra ela Aviso que só entregue Quando vê-la na janela Mas não vá errar a moça E abraçar o par dela Peça ao Jaime que embrulhe E amarre bem com um cordão E leve com bem cuidado Para não cair no chão E vá tomar conhaque Lá no Bar do Chibaião Tome conhaque a vontade Mas não vá cair na rua Que a polícia te pega A culpa toda é tua Porque com pau d’água aqui Já sabe a volta é crua Outro conselho eu vou dar Para você camarada Não ande fora de hora Com motim pela calçada Por que você se engana E termina abraçando o guarda Tomando o meu conselho Eu sei que você vai bem Ande por aí direito Não fale mal de ninguém Da se o direito a quem tem Eis ai caro leitor "O Progresso de Mirante" Por aqui vou terminando Com meu peito brilhante Pois o espaço é pequeno Para ir mais adiante Se no acaso os senhores Não gostaram da História Queiram então me perdoar Quem pede assim, implora Ou por outra guarde ele Toque fogo ou jogue fora Este vai por despedida Para quem apreciar Si acharam algum erro Queiram então me desculpar Que estou as suas ordens Aqui no Bazar Popular

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