domingo, 22 de fevereiro de 2015

A ESCRITORA MARIA DE LOURDES TEIXEIRA, PRIMEIRA MULHER ELEITA NA ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS, TAMBÉM ERA DE SÃO PEDRO.

Outra figura são-pedrense de destaque é a escritora Maria de Lourdes Teixeira, a primeira mulher a ser eleita para a Academia Paulista de Letras.
Nascida em São Pedro (SP), a 25 de março de 1907, era filha de Avelino de Sousa Teixeira e D. Querubina Stela de Rezende Teixeira e faleceu no ano de 1989. 
Foi aluna interna do Colégio 
Sagrado Coração de Jesus, em Campinas, cidade onde iniciou o curso Normal, terminado em São Paulo. 
Ainda estudante já iniciava sua carreira literária, colaborando em jornais do interior e na revista modernista Papel e Tinta, dirigida por Menotti Del Picchia e Oswald de Andrade. Casando-se muito cedo, por imposição do marido, deixou de divulgar seus trabalhos. 
Essa vocação abafada e que se manifestara tão precocemente, foi mais forte do que as injunções familiares. 
A futura romancista desquitou-se e, a partir de 1944, passou a dedicar-se à sua vocação. 
Desde então, além de livros, publicou incontáveis trabalhos na imprensa de todo o Brasil, particularmente em O Estado de S. Paulo e na Folha de S. Paulo, de cuja redação participou por quase uma década no cargo de diretora do suplemento literário e das seções de arte. 
Durante sete anos fez crítica de livros brasileiros para a revista Américas, órgão da Secretaria Geral da Organização dos Estados Americanos, editada em inglês, português e castelhano. Quando, na década de 50, Jorge Amado e Oscar Niemeyer fundaram o jornal cultural Para Todos, foi convidada para dirigir a redação paulista. 
Em 1969, ingressou na Academia Paulista de Letras, fato que teve grande repercussão, visto ser a primeira mulher a ser eleita para a Academia. 
Romancista, contista, ensaísta, tradutora e conferencista, foi consagrada por numerosas distinções: Prêmio da Academia Brasileira de Letras, Prêmio da APL, Prêmio do Pen Clube, Prêmio da Câmara Brasileira do Livro, Prêmio da Prefeitura Municipal de São Paulo, medalha Infante Dom Henrique, medalha Dona Leopoldina, Colar de Dom Pedro I, medalha Mário de Andrade do Governo do Estado, medalha do Pen Clube.
BIBLIOGRAFIA: 
Alfeu e Aretusa, ensaio, 1950; O Banco de Três Lugares, romance, 1951, prêmio da ABL; Graça Aranha, biografia, 1952; Raiz Amarga, 1960, prêmios da APL, Pen Clube de São Paulo e Câmara Brasileira do Livro; Rua Augusta, romance, 1962; O Criador de Centauros, contos, 1964; A Virgem Noturna, romance, 1965; Esfinges de Papel, ensaios, 1966; O Pássaro Tempo, ensaios, 1968; O Pátio das Donzelas, romance, 1969; Gregório de Matos, biografia e estudo, 1972; Gregório de Matos, estudo e antologia, 1976; A Ilha da Salamandra, romance, 1976; Todas as horas de um homem, contos, 1979. Traduções: O Pensamento Vivo de Descartes, Paul Valéry; Um Certo Sorriso, Françoise Sagan; Chéri, Colette ; O Fim de Chéri, Colette ; Os Mandarins, Simone de Beauvoir.
site da Academia Paulista de Letras.

OBS: Não encontramos nenhuma foto dessa escritora.

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