No dia de ontem, no período das 18h às 22h, será realizada a ação ‘SBT na Praça’ na Praça Arthur de Carvalho, em frente a Igreja Matriz do Divino Espírito Santo.
Organizada em parceria entre a Prefeitura Municipal e a emissora SBT, o evento tem como objetivo atender a comunidade com prestação de diversos serviços gratuitos.
BREVE HISTÓRIA DA CIDADE DE DOIS CÓRREGOS
Última cidade serrana do Estado de São Paulo, a caminho do Oeste, Dois Córregosestá localizada em pleno Planalto Central Paulista. Sua Povoação que surgiu da parada de tropeiros que vinham de Minas Gerais, no final da primeira metade do século XIX. Possui esse nome porque as pousadas aconteciam às margens do Ribeirão do Peixe, cujos afluentes são dois córregos, hoje denominados Fundo e Lajeado.
José Alves Mira era natural de Campanha, em Minas Gerais, mas o seu pequeno comboio partiu de Ouro Fino; com ele veio seu irmão Luiz de Mira e seu filho mais velho João Alves de Mira e Mello.
José Alves Mira, nascido em 1802, chegou ao distrito de Brotas por volta de 1846. Nessa época os comboios já contavam com trilhas batidas para caminhar. Os mapas indicavam o planalto ocidental paulista em grande parte, como "zona desconhecida", quando sequer Bauru existia. Desse modo, José Alves Mira sabia que aqui teria terras disponíveis e certamente chegou informado sobre as condições da região. Passando pela povoação de Brotas, seguiu até atingir as terras da Queixada, um dos bairros do futuro município de Dois Córregos, e ali se instalou.
A chegada de novos comboios (de mineiros a tomar as terras periféricas) e o conseqüente aumento da população, tornou-se necessária construção de uma capela, principalmente porque a capela de Brotas ficava muito distante, tendo nada menos que o rio Jacaré - Pepira e a serra de Brotas a separá-las.
Em 1856 José Alves Mira e Mariano Lopes, proprietários da Fazenda Rio do Peixe, resolveram doar vinte alqueires de terra da mencionada fazenda sob a invocação de Divino Espírito Santo, que se constituiria o local onde hoje se acha a cidade de Dois Córregos.
Conforme depoimentos, José Alves Mira soltou um carro de boi carregado de madeiras, na descida da estrada do Prata, acima da margem direita do rio do Quinca, com a condição de construir a capela no local onde o carro de boi parasse. O carro de boi parou atrás do local onde hoje se ergue a Igreja Matriz do Divino Espírito Santo. E em4 de Fevereiro de 1856 foi inaugurada a capela, feita de barro e coberta de sapé. Foram, depois, esquadrados os quarteirões para o início da povoação urbana.
Estrada de Ferro: A estação de Dois Córregos, Construída pela Companhia Rio Claro, foi inaugurada em 7 de setembro de 1886, sendo que seu prédio iniciava próximo ao local onde atualmente se localiza a cancela, no final da Av. Joaquim Pereira, esse prédio prolongava-se até onde hoje se situa a atual estação, sendo que esta última foi construída pela Companhia Paulista, em 1912. Com a chegada dos trilhos, a navegação comercial através do rio Tietê foi praticamente abandonada, abrindo-se então intercâmbios mais freqüentes com os municípios vizinhos servidos pela via férrea e com a própria Capital. Os trens tinham máquina a vapor, movidas pelo carvão mineral importado da Inglaterra. Uma viagem até São Paulo demorava cerca de 11 horas. A estrada de ferro propiciou a fundação do primeiro jornal da cidade em 1886, que se chamava "O correio de Dous Corregos".
Retrato do fim do século XIX e início do XX: até o ano de 1888 as ruas da cidade não tinham nome oficial. Somente na sessão da Câmara realizada em 3 de Abril daquele ano, entre as ruas que passaram a ter nome, podemos citar a rua do Comercio, hoje a rua 15 de Novembro; rua da Direita, atual 13 de Maio; rua da Estação; hoje nomeada Av. 4 de Fevereiro, e rua do Norte, ultimamente chamada de rua João de Oliveira Simões.
Dois Córregos, nessa última década do século XIX, era considerada uma das cidades mais promissoras do Leste Paulista. Foi quando surgiu o jornal "O Combate", fundado em 9 de Maio de 1897.
Durante a epidemia de febre amarela, em 1896 e 1897, os cofres municipais estavam esgotados, mesmo assim houve a construção do chiqueiro de porcos no matadouro de Mineiros. Com a ajuda de Dois Córregos Mineiros conseguiu sua emancipação e em 1898 já havia se tornado um município; com isso foi feito um recenseamento em Dois Córregos, descobrindo-se uma triste marca de apenas 1823 pessoas alfabetizadas na população de 8985 habitantes. A educação passaria a ser uma preocupação prioritária, desse modo, em 1902, foi decretado o ensino obrigatório no município, sendo Dois Córregos a primeira cidade do interior a ter uma escola maternal. Nesse mesmo ano teve início um curso noturno para alfabetização de adultos.
ATUAL: Dois Córregos possui vários prédios que apresentam características do final do século XIX e início do século XX, marcando o apogeu da cultura cafeeira na região. O prédio da Igreja Matriz é um marco arquitetônico imponente.
Localizada no centro-oeste paulista, a cidade baseia sua economia na agricultura e indústria, evidenciadas pela extensas plantações de cana de açúcar e café e indústrias madereiras e moveleiras.
O turismo ecológico, é um dos fatores que se destaca a cada dia no município. Repleta de belezas naturais, a cidade oferece aos seus visitantes passeios por matas nativascom passagens por belas cachoeiras. Anualmente promove encontro de jipeiros, que percorrem emocionantes trilhas pelas matas e rios da cidade. As atividades de Turismo Eco-cultural em Dois Córregos são importantes, como o Cannyoning - Descida de penhascos ou cachoeiras, com auxílio de equipamento especial (rappel).
O Aniversário de Dois Córregos é comemorado em 04 de Fevereiro.
Fonte: PM DOIS CÓRREGOS
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