Carlos da Silveira
Nasceu em Silveiras, São Paulo, a 21 de junho de 1883.
Filho do casal Francisco Carlos da Silveira e Inez de Castro Sene, casou-se a 09 de abril de 1912, em São Paulo, com a professora Maria Clara Pires Martins, nascida a 12 de agosto de 1894 na capital, filha de Amaro Pires Martins e Maria Augusta Dias da Silva.
O casal teve duas filhas: Sylvia, casada com Domingos de Sylos, e Maria, casada com Pascoal José Napoleão Isoldi.
Foi aluno do Colégio Progresso Paulista, de Queluz-SP e diplomou-se pela (única) Escola Normal de São Paulo-SP em 1903. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, São Paulo-SP, em 1909.
Na Educação, foi regente de turma, diretor de Grupo Escolar; secretário de Escola Normal (em São Carlos-SP); membro de bancas e comissões examinadoras; catedrático da Escola Normal de Campinas, entre outros cargos e funções. Em 1933, tornou-se catedrático de História da Civilização do Instituto de Educação Caetano de Campos, na capital paulista, cargo no qual se aposentou em 1936.
Como escritor, colaborou para diversos jornais e revistas, desde acadêmicos até os diários de grande circulação, como O Estado de São Paulo, Jornal do Comércio, e outros. Foi redator-chefe da revista Educação em 1930.
Considerava a genealogia como colaboração ao estudo da história e da genética, e sua atenção principal era dedicada às famílias do Vale do Paraíba paulista. Parte considerável de seus estudos genealógicos foi publicada no Correio Paulistano e, mais tarde, alguns deles foram reunidos na sua única obra publicada em livro, Subsídios Genealógicos.
Foi ativo colaborador das revistas do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo e do Arquivo Municipal de São Paulo, bem como das publicações do Instituto Genealógico Brasileiro.
Membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, ao qual se associou em 1934, tendo ali sido sócio honorário, grande benemérito e presidente no ano de 1956; e do Instituto Genealógico Brasileiro.
Foi um dos mais conceituados genealogistas do século XX em São Paulo.
Os Subsídios Genealógicos, citados acima, compuseram o volume 3 da Biblioteca Genealógica Brasileira, sua única obra em livro, mas é bastante vasta sua produção em publicações diversas.
Eis parte dela:
Felipa Gago Lobo, nascida em Tiú em 1685. In:Revista do Arquivo Municipal, volume X, São Paulo, 1935.
Cristovam Diniz de Anhaya, um paulista andejo. De Parnaíba a Tiú – De Tiú a Pitangui – De Pitangui a Araritaguaba – De Araritaguaba ao Distrito das Minas do Paranapanema, Município de Sorocaba e posteriormente de Itapetininga). Mais dois filhos que SILVA LEME não descobriu. Os FERREIRAS do Paranapanema e a sua estranha religiosidade. In:Revista do Arquivo Municipal de São Paulo, v. XI. São Paulo, 1935.
O Capitão-mór Domingos da Silva Moreira, do Mundéu, em Areias. In:Revista do Arquivo Municipal, volume XIV, São Paulo, 1935.
Guaratinguetá de 111 anos atrás (Breve relatório das manufaturas em 1825). In:Revista do Arquivo Municipal, v. XXX, São Paulo, 1936.
Povoamento de Silveiras. Os Bicudo Leme. Um crime horripilante. In:Revista do Arquivo Municipal de São Paulo, v. XXXVII. São Paulo, 1937.
Um precioso manuscrito. Notas de família. Descendência de Carlos Pedroso da Silveira. In:Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, v. XXXIII. São Paulo, 1937.
Apontamentos para o estudo de uma grande família: os Lopes Figueira, do Facão. In: Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, v. XXXV. São Paulo, 1938.
Um militar paulista do Século XVIII. In:Revista do Arquivo Municipal, volume XLIII, São Paulo, 1938.
Um frade bem paulista. In: Revista do Arquivo Municipal de São Paulo, v. XLIV. São Paulo, 1938.
A família Sene de Silveiras e algures: antes de tudo, pequenos lavradores (1ª parte). In: Revista do Arquivo Municipal de São Paulo, volume L, São Paulo, 1938.
A família Sene de Silveiras e algures: antes de tudo, pequenos lavradores (2ª parte). In: Revista do Arquivo Municipal de São Paulo, volume LXVIII, São Paulo, 1940.
A propósito da fundação de Silveiras. In: Revista do Arquivo Municipal de São Paulo, volume LXXIII, São Paulo, 1941.
Descendência de Francisco Dias Velho. Lapsos a corrigir. O caso João Pires Monteiro. Breve notícia sobre uns Matos, et cétera. In:Revista do Arquivo Municipal de São Paulo, v. XCVI. São Paulo, 1944.
Notas sobre uns Cunhas do São Paulo seiscentista, os quais proliferaram e se expandiram tempo adiante (ensaio para o conhecimento dos troncos paulistas de Tiradentes . In: Revista do Arquivo Municipal de São Paulo, v. XCVIII. São Paulo, 1944.
Notas sobre os Moura Negrão de São Sebastião, no litoral paulista. In:Revista do Arquivo Municipal, volume CIX, São Paulo, 1946.
Esboço para um estudo genealógico das famílias Prestes. In:Revista do Arquivo Municipal, volume X, São Paulo, 1946.
A contribuição do Instituto Genealógico Brasileiro para os Estudos Históricos. In: Revista Genealógica Latina, v. II. São Paulo, 1950.
Adenda aos Moura Lacerda. In: Revista Genealógica Latina, v. VI. São Paulo, 1954.
Aditamento à Genealogia Paulistana. In: Revista Genealógica Latina, v. XX. São Paulo, 1968.
Fonte: Colégio Brasileiro de Genealogia.
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