108 anos.
A cidade de Pontal é um exemplo típico de município que surgiu da penetração ferroviária, em consequência da cafeicultura e da imigração europeia.
A confluência dos rios Mogi-Guaçu, partindo de Campos de Ciganos, em Minas Gerais, e do rio Pardo, vindo da cordilheira do Cervo, também em Minas, forma uma estreita ponta de terra, hoje denominada Bico de Pontal. No fim do século XIX tais rios eram utilizados como via de comunicação mais fácil.
Como tal, o rio Mogi-Guaçu tinha a sua navegação fluvial, desde Porto Ferreira até sua confluência com o rio Pardo. Aí era o ponto final do serviço de navegação entregue a Comp. Paulista de Estradas de Ferro e Navegação Fluvial. Pela situação geográfica do local, que descrevia uma ponte, chamou-se Porto Pontal.
Em 1893, a Companhia fez sua viagem inaugural até o Porto Pontal, fazendo na altura da atual estação de Passagem escala no Porto Passagem e no desembarcadouro do ribeirão Sertãozinho, denominado na época, Porto dos Negros.
Naquele ano construiu-se na confluência dos dois rios, à margem direita do rio Pardo, um armazém, onde eram depositadas mercado rias destinadas ao Arraial do Chapéu.
Por volta de 1893 estabeleceu-se na estação de Cascalho Antônio Moreira que, adquirindo ali uma considerável gleba de terra, iniciou no local uma pequena povoação.
Em 1897, do local em que se localizara Antônio Moreira, distante uns 10 km mais para o lado do rio Pardo, aportaram os Irmãos Joaquim e Manoel Onça, estabelecendo-se ambos com armazém no local hoje chamado Pontilhão. Ambos eram os proprietários das terras que posteriormente foram cedidas para a localização da cidade de Pontal. Concomitantemente instalaram-se na então Fazenda Contendas as primeiras famílias de colonos italianos, que ali iniciaram as grandes derrubadas e formação dos primeiros cafezais.
Já em 1900 a Companhia Paulista programara atingir o sertão de Pontal. Ananias da Costa Freitas, sabendo que a estrada de ferro estava prestes a chegar, adquiriu de Joaquim Onça as terras que margeiam uma grande lagoa, muito próximo ao local onde seria erigida a estação ferroviária, cujo local denominou Lagoa Rica. Ali construiu sua vivenda e iniciou a fabricação de tijolos.
A 25 de março de 1903 foi oficialmente inaugurada a estação de Pontal, tendo corrido o primeiro trem. Com a chegada dos trilhos e, sobretudo, por desejarem os moradores do local afastar-se das regiões doentias das lagoas, foram traçadas as ruas da nova vila que nascia.
Ao mesmo tempo que se construía a estação ferroviária, edificou-se a primeira capela, no mesmo local onde hoje se localiza a Igreja Matriz, cujo santo padroeiro foi São Lourenço, daí o nome de Capelinha de São Lourenço.
Passados quatro anos, a 18 de outubro de 1907, Pontal era elevada à categoria de Distrito de Paz, pelo decreto-lei Estadual número 1.093, tendo como primeiro oficial do Registro Civil o Sr. Cristiano Leite da Silva. Em 1910 foi fundada a primeira usina açucareira.
Assim venceu 28 anos, até que se tornou município, pelo decreto 6915, de 23 de janeiro de 1935. No dia 7 de março do mesmo ano instalou-se a prefeitura municipal, tomando posse nessa data o primeiro prefeito, Dr. José Pedro Além.
Por força do decreto-lei Estadual 14334, de 30 de novembro de 1944,o município de Pontal foi acrescido em sua área com terras do município de Sertãozinho, permanecendo com o distrito único de Pontal.
Em 31 de novembro de 1953, pela lei 2 456, foi criado o Distrito de Cândia.
Na década de 50, a cidade era assim:
População: 10.054 habitantes (5.335 homens e 4.719 mulheres). Percentagem da população localizada na zona rural: 74,92%.
Aglomerações urbanas: o Município contava com dois núcleos urbanos: o da cidade de Pontal, com 2521 habitantes (pelo Censo de 1950) e a sede do distrito de Cândia, criado em 1953, cuja população urbana era estimada em 120 habitantes.
Atividades econômicas: a atividade econômica fundamental do município na década de 50 era a cana-de-açúcar, sendo a mesma industrializada no fabrico de açúcar, aguardente e álcool.
A principal riqueza natural do Município era a argila, utilizada no fabrico de tijolos.
À época, o município exportava leite para o entreposto da Nestlé, em pequena escala.
A cidade de Pontal é um exemplo típico de município que surgiu da penetração ferroviária, em consequência da cafeicultura e da imigração europeia.
A confluência dos rios Mogi-Guaçu, partindo de Campos de Ciganos, em Minas Gerais, e do rio Pardo, vindo da cordilheira do Cervo, também em Minas, forma uma estreita ponta de terra, hoje denominada Bico de Pontal. No fim do século XIX tais rios eram utilizados como via de comunicação mais fácil.
Como tal, o rio Mogi-Guaçu tinha a sua navegação fluvial, desde Porto Ferreira até sua confluência com o rio Pardo. Aí era o ponto final do serviço de navegação entregue a Comp. Paulista de Estradas de Ferro e Navegação Fluvial. Pela situação geográfica do local, que descrevia uma ponte, chamou-se Porto Pontal.
Em 1893, a Companhia fez sua viagem inaugural até o Porto Pontal, fazendo na altura da atual estação de Passagem escala no Porto Passagem e no desembarcadouro do ribeirão Sertãozinho, denominado na época, Porto dos Negros.
Naquele ano construiu-se na confluência dos dois rios, à margem direita do rio Pardo, um armazém, onde eram depositadas mercado rias destinadas ao Arraial do Chapéu.
Por volta de 1893 estabeleceu-se na estação de Cascalho Antônio Moreira que, adquirindo ali uma considerável gleba de terra, iniciou no local uma pequena povoação.
Em 1897, do local em que se localizara Antônio Moreira, distante uns 10 km mais para o lado do rio Pardo, aportaram os Irmãos Joaquim e Manoel Onça, estabelecendo-se ambos com armazém no local hoje chamado Pontilhão. Ambos eram os proprietários das terras que posteriormente foram cedidas para a localização da cidade de Pontal. Concomitantemente instalaram-se na então Fazenda Contendas as primeiras famílias de colonos italianos, que ali iniciaram as grandes derrubadas e formação dos primeiros cafezais.
Já em 1900 a Companhia Paulista programara atingir o sertão de Pontal. Ananias da Costa Freitas, sabendo que a estrada de ferro estava prestes a chegar, adquiriu de Joaquim Onça as terras que margeiam uma grande lagoa, muito próximo ao local onde seria erigida a estação ferroviária, cujo local denominou Lagoa Rica. Ali construiu sua vivenda e iniciou a fabricação de tijolos.
A 25 de março de 1903 foi oficialmente inaugurada a estação de Pontal, tendo corrido o primeiro trem. Com a chegada dos trilhos e, sobretudo, por desejarem os moradores do local afastar-se das regiões doentias das lagoas, foram traçadas as ruas da nova vila que nascia.
Ao mesmo tempo que se construía a estação ferroviária, edificou-se a primeira capela, no mesmo local onde hoje se localiza a Igreja Matriz, cujo santo padroeiro foi São Lourenço, daí o nome de Capelinha de São Lourenço.
Passados quatro anos, a 18 de outubro de 1907, Pontal era elevada à categoria de Distrito de Paz, pelo decreto-lei Estadual número 1.093, tendo como primeiro oficial do Registro Civil o Sr. Cristiano Leite da Silva. Em 1910 foi fundada a primeira usina açucareira.
Assim venceu 28 anos, até que se tornou município, pelo decreto 6915, de 23 de janeiro de 1935. No dia 7 de março do mesmo ano instalou-se a prefeitura municipal, tomando posse nessa data o primeiro prefeito, Dr. José Pedro Além.
Por força do decreto-lei Estadual 14334, de 30 de novembro de 1944,o município de Pontal foi acrescido em sua área com terras do município de Sertãozinho, permanecendo com o distrito único de Pontal.
Em 31 de novembro de 1953, pela lei 2 456, foi criado o Distrito de Cândia.
Na década de 50, a cidade era assim:
População: 10.054 habitantes (5.335 homens e 4.719 mulheres). Percentagem da população localizada na zona rural: 74,92%.
Aglomerações urbanas: o Município contava com dois núcleos urbanos: o da cidade de Pontal, com 2521 habitantes (pelo Censo de 1950) e a sede do distrito de Cândia, criado em 1953, cuja população urbana era estimada em 120 habitantes.
Atividades econômicas: a atividade econômica fundamental do município na década de 50 era a cana-de-açúcar, sendo a mesma industrializada no fabrico de açúcar, aguardente e álcool.
A principal riqueza natural do Município era a argila, utilizada no fabrico de tijolos.
À época, o município exportava leite para o entreposto da Nestlé, em pequena escala.
Da produção agrícola, parte era consumida no município e o restante nas cidades vizinhas: Ribeirão Preto, Sertãozinho, Jardinópolis.
Registrava-se produção de energia elétrica no distrito de Cândia, estimada a produção mensal em 400 kWh (serviço municipal, em fase experimental). As estimativas de consumo médio mensal eram as seguintes: iluminação pública 4 mil kWh; iluminação particular 11720 kWh; força motriz 180 mil kWh.
Meios de Transportes: o município era servido por duas ferrovias: a Companhia Paulista de Estradas de Ferro e a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro.
Não há aeroporto, mas existem dois campos de pouso, de propriedade particular.
Comércio e bancos: havia 2 estabelecimentos comerciais atacadistas (cereais), 37 varejistas (ramos diversos) e 1 agência bancária.
Registrava-se produção de energia elétrica no distrito de Cândia, estimada a produção mensal em 400 kWh (serviço municipal, em fase experimental). As estimativas de consumo médio mensal eram as seguintes: iluminação pública 4 mil kWh; iluminação particular 11720 kWh; força motriz 180 mil kWh.
Meios de Transportes: o município era servido por duas ferrovias: a Companhia Paulista de Estradas de Ferro e a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro.
Não há aeroporto, mas existem dois campos de pouso, de propriedade particular.
Comércio e bancos: havia 2 estabelecimentos comerciais atacadistas (cereais), 37 varejistas (ramos diversos) e 1 agência bancária.
O município mantinha transações comerciais com Ribeirão Preto, que é a "capital da zona", Sertãozinho, Morro Agudo, Pitangueiras e Jardinópolis.
Com exceção dos produtos de origem agropecuária, os demais eram importados.
Aspectos urbanos: constava no município os seguintes melhoramentos públicos urbanos: água encanada em 661 domicílios (rede em prolongamento); luz elétrica (586 ligações); rede de esgoto (em construção).
Telefones: 57 aparelhos ligados.
Hotéis: 2
Cinema: 1
Alfabetização: em 1950 foram recenseados 8.313 habitantes com 5 anos e mais, dos quais sabiam ler e escrever 2.615 homens e 1.822 mulheres.
Porcentagem de alfabetização: 53,57%.
Aspectos culturais: dois jornais semanários: "Pontalense" e "Cidade de Pontal" (registrados, mas com a circulação presentemente suspensa).
Aspectos urbanos: constava no município os seguintes melhoramentos públicos urbanos: água encanada em 661 domicílios (rede em prolongamento); luz elétrica (586 ligações); rede de esgoto (em construção).
Telefones: 57 aparelhos ligados.
Hotéis: 2
Cinema: 1
Alfabetização: em 1950 foram recenseados 8.313 habitantes com 5 anos e mais, dos quais sabiam ler e escrever 2.615 homens e 1.822 mulheres.
Porcentagem de alfabetização: 53,57%.
Aspectos culturais: dois jornais semanários: "Pontalense" e "Cidade de Pontal" (registrados, mas com a circulação presentemente suspensa).
Não havia radioemissora e constava apenas uma biblioteca pública municipal com 277 volumes (não especializada).
Particularidade geográfica: há no município o chamado "bico do Pontal", onde se unem os rio Mogi-Guaçu e Pardo. Chamam a essa região de "bico", porque na união dos rios forma-se um bloco de terra de forma triangular aguda, dando a impressão de uma ponta. Daí provém, aliás, o nome da cidade.
Particularidade geográfica: há no município o chamado "bico do Pontal", onde se unem os rio Mogi-Guaçu e Pardo. Chamam a essa região de "bico", porque na união dos rios forma-se um bloco de terra de forma triangular aguda, dando a impressão de uma ponta. Daí provém, aliás, o nome da cidade.
Dr. Pintassilgo
Nenhum comentário:
Postar um comentário