Pai adotivo de 150 morre em Araras
Agência Estado/ 16/09/2005
Dois ônibus lotados, dezenas de carros particulares e de autoridades acompanharam, quinta-feira, o cortejo de sepultamento do policial aposentado Luiz Bertoline, de 75 anos, pai adotivo de 150 filhos.
Agência Estado/ 16/09/2005
Dois ônibus lotados, dezenas de carros particulares e de autoridades acompanharam, quinta-feira, o cortejo de sepultamento do policial aposentado Luiz Bertoline, de 75 anos, pai adotivo de 150 filhos.
Bertoline, que faleceu quarta-feira de insuficiência respiratória, conseguiu cumprir parte de seu sonho de construir uma "cidade das crianças", em Araras, a 170 quilômetros de São Paulo.
Ele foi sepultado nesta quinta-feira no Cemitério Municipal de Araras onde também jaz sua mulher, Clorinda de Souza Guedes Bertoline, falecida aos 87 anos em dezembro do ano passado. Segundo os funcionários do cemitério, cerca de 500 pessoas passaram pelo velório.
Além dos três filhos biológicos, os Bertoline deram seu nome a 137 pessoas.
Além dos três filhos biológicos, os Bertoline deram seu nome a 137 pessoas.
A partir de meados dos anos 60 o casal começou a acolher órfãos, crianças abandonadas e vítimas de maus-tratos.
O endereço da família, que segundo o IBGE é a mais numerosa do Brasil, é uma chácara onde está a 35 anos a instituição Berço da Fraternidade.
Em 8 de agosto do ano passado, um domingo de Dia dos Pais, a reportagem do Grupo Estado visitou o local.
Em 8 de agosto do ano passado, um domingo de Dia dos Pais, a reportagem do Grupo Estado visitou o local.
Na ocasião, Luiz Bertoline contou como surgiu a ideia de criar um lar para acolher os abandonados. Segundo ele, tudo começou com "um sonho" de dona Clorinda em construir uma ’cidade’ das crianças.
-------- "Eu topei", disse na época.
---------- "Vamos continuar o trabalho do pai", afirmou o filho adotivo Alexandre Locateli Bertoline, de 37 anos, que sempre morou na instituição.
---------- "Vamos continuar o trabalho do pai", afirmou o filho adotivo Alexandre Locateli Bertoline, de 37 anos, que sempre morou na instituição.
---------- "Muitos cresceram, se mudaram para outras cidades, casaram, fizeram outras famílias", falou Carlos Alexandre Guedes Ferreira de Jesus, de 24 anos, que foi levado para o Berço da Fraternidade quando tinha 1 ano e 4 meses de vida.
----------- "Somos uma grande família de irmãos, noras, netos, sobrinhos, e será sempre assim. Aprendemos tudo de bom com o pai e a mãe que vamos levar para o resto da vida", concluiu Alexandre.
lilianflores/Flogão
lilianflores/Flogão
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